quinta-feira, 1 de março de 2007

China tem 2 milhões de jovens viciados em Internet




Os adolescentes chineses estão se tornando cada vez mais viciados em Internet, o que está causando crimes praticados por internautas mais jovens que os de qualquer outro país, informou a mídia estatal. Dos 18,3 milhões de internautas adolescentes chineses, mais de 2 milhões são viciados na rede mundial de computadores, sendo que os "melhores e que costumam impressionar seus pais e professores" são os mais vulneráveis, de acordo com o jornal China Daily, que citou levantamento da Liga Juvenil Comunista.

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"Os viciados em Internet na China são pelo menos dez anos mais jovens que os do Ocidente. São mais suscetíveis", publicou o jornal, citando Gao Wenbin, psicólogo da Academia Chinesa de Ciências, órgão do governo. A maioria dos viciados é de rapazes com entre 15 a 20 anos de idade, e pelo menos 15% dos que estão nas cidades maiores precisam de "ajuda urgente".

Gao culpou a falta de diversões nos colégios pela necessidade dos jovens de recorrer a cibercafés ilegais, onde são expostos a crimes e violência. "Naturalmente recorrerão ao mundo virtual se não puderem encontrar em sua casa ou no colégio escape para sua energia", disse o psicólogo.

Na semana passada, outro meio estatal informou que a China viu um aumento de 68% nos casos de delitos juvenis nos últimos cinco anos e que os números continuam aumentando. "O desenvolvimento precoce e cultura da violência são os responsáveis por um aumento nas ações nocivas entre adolescentes menores de 14 anos", publicou o Beijing Morning Post.

DVD pirateados, incluindo aqueles que contêm material violento e para adultos, estão disponíveis em qualquer esquina e o uso de videogames para computadores e Internet explodiu na China nos últimos anos. Em meio à preocupação crescente sobre um número cada vez maior de jovens viciados em Internet, a China apresentou uma série de medidas para reprimir o uso de videogames por períodos excessivos em cibercafés e autoridades têm multado fortemente os proprietários que permitem a entrada de menores.

Reuters

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